UBS é primeira referência em saúde do brasileiro, diz
pesquisa do IBGE.
Pesquisa Nacional
de Saúde (PNS) visitou 81.767 casas de todo o país.
Segundo estudo, quase um terço da população tem algum plano de saúde.
A Unidade Básica de Saúde (UBS) é a primeira referência
para quase metade da população brasileira: 47,9% das pessoas costumam recorrer
a esse serviço quando têm algum problema de saúde, ante 21,4% que escolhem ir a
emergências de hospitais públicos, pronto-atendimentos públicos e ambulatórios.
A UBS é definida pelo Ministério da Saúde como o local prioritário de atenção
básica à saúde na estrutura do SUS.
Uma parcela de 20,6% procura consultório particular ou
clínica privada e outros 4,9% buscam estabelecimentos de pronto-atendimento
privados. O restante da população se divide entre farmácias, centros de
especialidades e outras unidades do SUS.
Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) feita
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Durante a
divulgação dos resultados, nesta terça-feira (2), o ministro da Saúde, Arthur
Chioro, disse que a "imagem negativa" do atendimento no SUS não é
verdadeira. "Quem usa o SUS avalia de maneira positiva. Quem não usa fica
com a percepção que não tem qualidade e nega atendimento." Embora o
panorama não avalie a qualidade do atendimento, ele afirmou que "todas as
pesquisas dos usuários mostram alto grau de satisfação".
Trata-se da primeira edição da pesquisa e também o
primeiro levantamento de saúde em âmbito nacional a coletar amostras de sangue
e de urina da população entrevistada, o que confere mais precisão aos
resultados. Pesquisas nacionais feitas anteriormente dependiam exclusivamente
do relato do entrevistado sobre seus problemas de saúde.
Foram visitadas 81.767 casas em todos
os estados brasileiros, entre as quais 62.986 aceitaram responder ao
questionário do IBGE. Enquanto todos os entrevistados tiveram peso, altura,
circunferência da cintura e pressão arterial medidas, 25% desse conjunto
realizaram também os exames de sangue e urina.
Serviços
Entre os domicílios visitados, 93,7% têm água canalizada em ao menos um cômodo, 60,9% têm esgoto, 89,3% são atendidos por serviço de coleta de lixo e 99,6% têm energia elétrica.
Entre os domicílios visitados, 93,7% têm água canalizada em ao menos um cômodo, 60,9% têm esgoto, 89,3% são atendidos por serviço de coleta de lixo e 99,6% têm energia elétrica.
Plano de saúde
A pesquisa constatou também que 27,9% da população tem algum tipo de plano de saúde, seja médico ou odontológico. Em 32,4% dos casos, quem paga o plano é o empregador do titular. Entre os que bancam diretamente o próprio plano, 57,6% pagam menos de R$ 200 mensais. Já uma parcela de 4,7% paga mais do que R$ 1.000 de mensalidade.
A pesquisa constatou também que 27,9% da população tem algum tipo de plano de saúde, seja médico ou odontológico. Em 32,4% dos casos, quem paga o plano é o empregador do titular. Entre os que bancam diretamente o próprio plano, 57,6% pagam menos de R$ 200 mensais. Já uma parcela de 4,7% paga mais do que R$ 1.000 de mensalidade.
Consultas
Entre as pessoas entrevistadas, 72,1% relataram ter consultado ao menos um médico nos últimos 12 meses antes da pesquisa. Já a parcela dos que haviam consultado um dentista no mesmo período foi de 44,4%.
Entre as pessoas entrevistadas, 72,1% relataram ter consultado ao menos um médico nos últimos 12 meses antes da pesquisa. Já a parcela dos que haviam consultado um dentista no mesmo período foi de 44,4%.
Internações: parto normal e cesárea.
O estudo revelou ainda
que 6% dos entrevistados ficaram internados em hospitais por pelo menos um dia
nos últimos 12 meses antes da pesquisa. Enquanto o principal motivo de
internação nos hospitais públicos foi o parto normal (7,2%), seguido pela
cesárea (5,9%), nos hospitais privados, ocorreu o inverso: a cesárea
corresponde a 9,7% das internações, enquanto o parto normal corresponde a 2,1%.
O ministro Chioro citou a prevalência de cesáreas nos hospitais particulares
como "preocupante". Ele também mostrou preocupação com a
"epidemia de acidentes de trânsito".
Acidentes e cinto de segurança
A proporção dos que se envolveram de acidente de trânsito com lesões corporais, segundo a pesquisa foi de 3,1%, dentre os quais 15,2% tiveram sequelas ou incapacidades. "Tenho quase a convicção de que muitos de nós nunca ouvimos falar sobre como o uso do cinto no banco de trás diminui em 75% a taxa de morte. E não chegamos a 50% de uso - em algumas regiões, o número é bem pequeno", disse Chioro, durante a apresentação dos dados A parcela de pessoas que sofreram violência física de pessoa desconhecida nos 12 meses anteriores à coleta de dados foi de 3,1%. Os que sofreram violência de pessoa conhecida foram de 2,5%.
A proporção dos que se envolveram de acidente de trânsito com lesões corporais, segundo a pesquisa foi de 3,1%, dentre os quais 15,2% tiveram sequelas ou incapacidades. "Tenho quase a convicção de que muitos de nós nunca ouvimos falar sobre como o uso do cinto no banco de trás diminui em 75% a taxa de morte. E não chegamos a 50% de uso - em algumas regiões, o número é bem pequeno", disse Chioro, durante a apresentação dos dados A parcela de pessoas que sofreram violência física de pessoa desconhecida nos 12 meses anteriores à coleta de dados foi de 3,1%. Os que sofreram violência de pessoa conhecida foram de 2,5%.
Segundo a PNS, 10,6% da população já se sentiu discriminada em serviços de saúde, entre públicos e privados, seja por motivo de falta de dinheiro, classe social, cor, tipo de ocupação, tipo de doença, religião e preferência sexual.
Outras
pesquisas nacionais de saúde
Pesquisas nacionais sobre a saúde da população feitas anteriormente não coletavam amostras para exames. É o caso da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que abordou o tema da saúde em 1998, 2003 e 2008 e também do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), feito anualmente desde 2006.
Pesquisas nacionais sobre a saúde da população feitas anteriormente não coletavam amostras para exames. É o caso da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que abordou o tema da saúde em 1998, 2003 e 2008 e também do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), feito anualmente desde 2006.
A PNS ainda terá uma terceira etapa de divulgação de
dados no final do ano, que deve incluir informações sobre a pressão arterial
dos entrevistados. Os dados levantados a partir dos exames de sangue e urina,
por sua vez, só serão divulgados em uma etapa posterior.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/06/ubs-e-primeira-referencia-em-saude-do-brasileiro-diz-pesquisa-do-ibge.html
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